sábado, 25 de outubro de 2008

Sky City - A Cidade Vertical

s63_1

Grande, congestionado, superpopulado.
Hoje muitas cidades se encontram a ponto de explodirem. Arquitetos, projetistas e urbanistas buscam meios de diminuir a situação do quadro urbano.
O Sky City pode ser uma solução. Uma incrível estrutura com mil metros de altura. Em Tókio, umas das mais populosas e movimentadas cidades do mundo essa conceito vem sido planejado a muito tempo. Uma cidade aonde o concreto, o vidro e aço dominam e o único espaço é o céu.
Uma cidade vertical, habitada por uma população de 135 mil pessoas e mais de 54 andares que incluem hotéis, uma estação de metrô, escritório, cinema, centro de artes, estúdio de tv, lojas e espaços públicos.
Para transportar um número alto de pessoas no menor tempo possível, o Sky City contaria com um sistema de trasnporte revolucionário. Elevadores com dois andares com capacidade para 70 pessoas percorreriam a cidade, chegando a velociadade de 60km/h. Trens de alta velocidade controlados por computador também fariam parte da rede de transportes.
O peso do Sky City chegaria aos 5 milhões e meio de toneladas. Isso corresponde a soma de cada homem, mulher e criança no Japão. Seria a estrutua mais pesada ja consruida na Ásia.
Mas será mesmo que o Sky City está perto de ser uma realidade? Com 1/4 da altura do Monte Fuji e um espaço interno 120% maior do que a grande pirâmide do egito essa estrutura necissitaria de 120 quarteirões.
O Sky City também não estaria livre dos problemas naturais, como terremotos, ventos fortes e incêndios. ambulance_helicopter,_tokyo_fire_departmentMas Tókio tem uma das brigadas de incêndio mais eficientes do mundo, capaz de enfrentar não só incêndios mas tufões, terremotos e outros desastres naturais. Quando toca um alarme de um arranha-céu os bombeiros entram em ação, mas não em caminhões. A cidade possui o único helicóptero do mundo projetado para combater incêndios em elevadas altitutes. O helicóptero é carregado com mais de mil e cem lítros de água. Duas mangueiras rígidas podem chegar ao coração do fogo, em qualquer andar. Ele bombeia mais de onze lítros de água por segundo. O mais interessante é que ele não precisa voltar para se reabastecer. Uma mangueira de três metros permite que ele pegue água aonde quer que ela esteja, até mesmo em uma piscina.
Mas mesmo com toda essa tecnologia não há como saber ao certo se ele está preparado para apagar um incêndio no alto do Sky City
Esse é o começo de uma nova geração de cidades. Com o uso da tecnologia avançada poderemos no futuro resolver o problema de superpopulação em grandes cidades.

sábado, 18 de outubro de 2008

Maravilhas Modernas - Japão



Japão. Uma terra de histórias diversas.
De um lado a cultura e tradições passadas de geração à geração. De outro as grandes cidades equipadas com a mais alta tecnologia.

Toyko é a sua mais populosa cidade com 35 milhões de habitantes. Mas essa grande metrópole não está longe dos problemas naturais.
Por estar abaixo do nível do mar e ao longo de grandes rios o que a deixa vulnerável a furacões e a inundações. Um furacão como o Catrina custou a Nova Orleans alguns bilhões de dolares. Mas Nova Orleans só tem 2 milhões de habitantes. Se algo acontecesse a Tokyo o prejuízo seria de trilhões.

No Japão as chuvas ocorrem duas vezes mais do que no resto do mundo.
O índice pluviométrico chega a quase 4000 milímetros por ano. Os rios enchem até 100 vezes a sua capacidade. Para previnir enchentes os engenheiros construiram uma rede de 5 gigantescos tanques subterrâneos com 32 metros de diametro por 65 de profundidade interligados por 65 km de túneis.
Cada tanque desses pode conter 675 mil toneladas de água. Em caso de inundação enchem a uma velocidade de 100 mil toneladas por segundo.


Com 4 mil metros² e capacidade para mais de 250 metros³ o tanque central é o maior tanque subterrâneo do mundo. 59 pilares feitos de 500 toneladas de concreto puro sustentam um campo de futebol.
Duas marcas de segurança alertam a quantidade de água mínima. A partir dai as bombas são ativadas, distribuindo a água até os outros tanques.

Essas turbinas tem 14 mil cavalos movidas por motor a jato e chegam a deslocar 50 toneladas de água por segundo. Diariamente os 4 motores movimentam 65 milhões de litros por dia.

sábado, 30 de agosto de 2008

20º Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Aconteceu entre os dias 14 a 24 de agosto a 20º edição da Bienal do Livro, no Parque de Exposições Anhembi.
Como de costume não deixei de comparecer desse incrível e caro evento.

Tudo começou quando no dia 22, as 23:15 recebi uma mensagem no celular.
João, um amigo, estava me chamando para ir a Bienal. Confirmei a minha presença e perguntei o horário e o local de encontro.
Entre 9h e 9:30 na catraca da Santa Cruz. Me respondeu ele.
Tudo bem. Diga ao povo que irei.

Devido a noites mal dormidas eu acabei perdendo o horário. Isso está virando rotina, mas tudo bem.
Era 9h quando acordei. A preguiça era imensa e não pensava em nada além de ficar na cama.
Como num salto ornamental levantei da cama e fui tomar banho. Tomei café e sai em seguida.

Chegando a catraca da estação encontrei o pessoal.
No grupo estavam: João,Danilo,Kazuo, Thomás2(Leo) e Eu que acabara por chegar.

Chegando a Estação Tietê do metrô, local aonde iríamos pegar ônibus nos deparamos com uma fila grande.
Descobri que o Kazuo não iria ficar. Só estava nós acompanhando. Ele ia a outro encontro, mas estava cedo demais para ir até o local.

Só o abandonamos quando fomos pegar os ônibus, que não era tão chumbrega quanto eu pensava.

Chegando ao Anhembi nós pegamos mais uma grande fila pra comprar os ingressos.
Um momento muito engraçado me aconteceu.

Um jovem me abordou e me entregou uma revista.

-Estamos distribuindo. Disse ele.

Eu já estava indo embora, mas o que ele me falou a seguir me fez jogar a revista nos braços dele.

-O que você puder dar de contribuição a nossos estudantes que irão se formar irá ser bem vindo.

Como? Então quer dizer que não é pago, mas tenho que dar contribuição? Essa é boa.
Eu sou estudante e vou me formar. Será que irão me dar dinheiro para a formatura? É claro que não!
Devolvi a revista.

Até que a fila andou rápido. Deu uns 10 minutos e já estávamos dentro.

Nesse não havia tantas novidades. Apenas uma me deixou indignado. O preço dos livros era o mesmo da loja.
Como isso? Muitas pessoas vieram de longe por achar que encontrariam descontos nas compras. Mas não. Preços da loja e das standes iguais.

A comida eu já sabia que não seria barata. Um prato de Yaksoba estava R$10,00.
Comi um mísero sanduíche que mais me fez mais mal do que bem.

Folheamos os Guinness World Records e o Guinness World Records Games 2008.

A estande da comix estava uma verdadeira feira. Não se conseguia andar e para piorar a saída era do outro lado.

Encontramos livros interessantes na JBC. Eram guias de como conquistar garotas. Só que se aplicavam a japonesas. Folheamos todos. Havia também um lançamento interessante. A bíblia em Mangá. As figuras estão bonitas.
Encontramos uma amiga antiga do colégio. Após trocas de informações(aquilo não foi uma conversa)nós fomos embora.

sábado, 2 de agosto de 2008

Festival do Japão II - Últimos Momentos

Fico triste por chegar esse momento. Hoje retratarei o último evento do Centenário da Imigração Japonesa.

Domingo. O dia estava quente. Eram 7h da manhã e eu me aprontava para sair. Eu não estava cansado. Tinha forças e animação de sobra para ir até o local para ajudar no que precisasse.

Quando parti a casa ainda estava silenciosa. Abri a porta e iniciei a minha caminhada.

Chegando ao Imigrantes eu vi um pequeno grupo de obachans fazendo fila para entrar. Um homem surgiu do nada e começou a comprimentá-las.
O que me impressionou foi a alegria que o mesmo trazia consigo e como ele conseguia passar facilmente esse sentimento as pessoas!
Aquilo foi realmente um momento mágico.

Passando as senhoras, eu rapidamente entrei na entrada principal(Duh) e fui para a Sala de Voluntários. Fiz o mesmo procedimento do dia anterior. Peguei meu hapi e o meu crachá e deixei minha mochila.

Encontrei o Wagner e o Leo. Logo fomos apanhados por uma coordenadora e mandados para a Sessão de Carga de Descarga.
Apesar de estar no mesmo setor do dia anterior eu fui mandado com meus amigos a um lugar diferente.
O procedimento era o mesmo. Quem chegasse depois das 9:30 não poderia entrar. Precavendo possíveis confusões nós fizemos um esquema. O portão dessa área estava aberto e do lado dele haviam várias grades. Aquelas grades que usam em shows de bandas para afastarem o povo dos músicos.
Pegamos algumas delas e as colocamos na frente do portão, obstruindo a passagem de quaisquer veículos.

O Léo ficou lá em cima, tomando conta das grades.
Por incrível que pareça um senhor parou lá em frente, desceu do carro e tirou as barras. Tentamos interceptá-lo mas o velhinho mal educado quase passou em cima da gente.
Pensamos conseguir pegá-lo assim que parasse o carro. Que nada. ele desceu do carro a uma velocidade impressionante ignorando a todos.

Chamamos a Kenren, empresa responsável pelo evento, mas ele nada conseguiram fazer.

As 11h voltamos para a Central. Precisavam de pessoas que ficassem do lado de fora do Centro de Exposições. Formamos um grupo maior e fomos para lá.
O inferno. Essa foi a minha visão da rua. Um trânsito do caramba. O pessoal da CET estava lá, mas não conseguiam dar conta do enorme fluxo de carros que seguiam pelas redondezas.

Formamos 4 duplas. Cada uma cuidava de uma área. Eu fiquei com o Wagner. Ficamos na esquina do viaduto com o estacionamento do Imigrantes.
Informaram que o ônibus grande não poderia entrar no estacionamento para desembarcar as pessoas. Logo teríamos que fazer uma fila do lado de fora, guiando as pessoas até a entrada.
Não deu muito certo. Faltava muita educação dos motoristas com os pedestres e o pessoal da CET mais atrapalhava do que ajudava.
Ficamos das 11h até as 14h na rua, embaixo do sol escaldante sem comer. Pelo menos água nos deram.
Procuramos um coordenador para que nos trocasse com alguém. Não obtivemos resultado positivo na nossa busca. Revoltados voltamos a Central, pegamos nosso vale-almoço e fomos comer.

Após a refeição resolvemos dar uma volta. Andamos entre todas as estandes.

Voltando para a Central nos informaram que precisavam de voluntários no galpão, que era aonde estávamos. Voltamos e procuramos a pessoa que necessitava de ajuda.

Esse foi um dos melhores momentos. Tivemos que tomar conta do espaço aonde estava tendo apresentação de Taiko. Não podíamos deixar ninguém chegar muito perto. Iniciando a apresentação todos nós sentamos uns pertos do outro, formando uma corrente.
Fiquei em frente a um tambor gigantesco. Na hora em que bateram nele eu quase chorei de alegria. Foi lindo!

Adoro Taiko por causa do som dos instrumentos. Na minha opinião quanto maior o tambor maior a emoção.

Depois da belíssima apresentação eu fiquei em um stande de uma senhora e sua amiga que são artístas plásticas.
Fiquei tomando conta para que as mãos com olhos de certas pessoas não chegassem até as obras. Essas senhoras eram muito simpáticas. No final do evento eu as ajudei a carregar suas coisas até o carro.
De agradecimento recebi um saco cheio de Tsurus. \o/
Tiramos uma foto também, mas não consegui entrar em contato com ela.

Após isso eu voltei a Central. Fui até a praça de alimentação e ajudei na organização de cadeiras e mesas. Carregamos as caixas de cerveja que sobraram para uma espécie de armazém.
Nessa brincadeira eu quase me mato. Eu via o pessoal levando três, quatro caixas e não queria ficar para trás.
Fui tentar levar as quatro. No começo foi sossegado, mas durante o trajeto eu não consegui aguentar. Tive que parar várias vezes.
Mas consegui levar todas as caixas. \o

Depois de quase morrer eu fui descoberto por uma amiga minha. Ela queria ir embora e me puxou junto.

No final de tudo ficamos com o Hapi. \o/

Não tem como comparar. Esse foi o melhor dos eventos. Foi o que eu mais corri, me cansei, fiquei puto, alegre, com fome, calor... tudo. Explorei ao máximo todos os meus limites. Fiz novas amizades, mas nada de namoradas. XD

É isso ai. Esse foi o último post sobre eventos e sobre o Centenário.
Momentos em que eu guardo na memória e no coração.

sábado, 26 de julho de 2008

Festival do Japão I - O Fim da Saga Centenário da Imigração Japonesa



Esses dois últimos meses foram agitados. Pensei que com as férias se iniciando eu teria mais tempo para dormir, jogar e sair.
No começo de Junho eu já deixei avisado sobre a minha presença em todos os eventos relacionados ao Centenario da Imigração Japonesa. Não faltaria em nenhum e ficaria até o final.

O Bunka Matsuri foi só o começo dessa minha aventura pelo mundo da cultura oriental.
Um mês depois estive presente na Semana Cultural Brasil-Japão, o principal festival que divulgaria o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.
Tive outro evento pequeno como o Festival de Pipas de Hamamatsu.

Mas o grande destaque vai para o Festival do Japão. Esse sim, sem dúvidas foi o melhor de todos. Foram apenas dois de muita correria, confusões, alegrias, bagunça e muita animação.

Começarei daqui o meu relato sobre sábado e domingo.

Eram 7h da manhã e eu me levantava. O sol se escondia entre as nuvens e o vento gelado era constante. Naquele dia eu estava 100%. Tomei meu banho, engoli um copo de café com leite e sai.
Resolvi fazer o trajeto a pé, afinal o Centro de Exposições Imigrantes é perto da minha casa.
40 minutos de caminhada e finalmente cheguei ao local. Logo na entrada eu encontrei alguns voluntários e cordenadores conhecidos de eventos passados. Após comprimentar a todos eu fui até a Central de Voluntários. Peguei meu Hapi e meu crachá e deixei minha mochila no guarda volumes. Logo de cara fui mandado para a Sessão de Carga e Descarga. Chegando lá encontrei outro voluntário(não me recordo o nome dele,desculpe) que me passou a seguinte instrução: só era perimtido o acesso dos automovéis até as 9:30. As pessoas que chegassem após esse horário eram barradas e teriam que estacionar fora do locar e desembarcar a carga a pé.
A princípio eu achei isso normal. Foi quando vi senhores e senhoras tendo que carregar peso por uma grande distância. Isso é desumano! Houveram muitas reclamações tendo a necessidade do diretor do Evento ter que ir até aonde estávamos e liberar todos os veículos.

Depois disso fui para o metrô São Judas. Lá nós orientavamos as pessoas que pegavam o ônibus.
Na frente da estação havia uma fila gigantesca. O esquema da organização nos foi passado. O limite em cada micro-ônibus era de 25 passageiros. Quando um dos veículos chegava nos contávamos as 25 pessoas e mandávamos para outro locar, perto da entrada do automóvel.
Durante esse processo havia a falta de respeito de alguns, que furavam fila. Não tinha como controlarmos isso devido ao alto número de indivídos que aguardavam na fila.

Fiquei das 11h até as 14h na Estação São Judas. Ocorreram alguns problemas devido a um acidente na Imigrantes. Os ônibus que deveriam ser rápidos no processo de desembarcar e embarcar passageiro passaram a demorar para chegar. Muitos ficaram irritados com tal situação, mas nada podíamos fazer. Conheci duas pessoas nessa área. O Leonardo e o Wagner, ambos do Guarujá.

Deu 14h e nós voltamos para o Imigrantes. Chegando lá eu fui almoçar.
O almoço foi estranho, porque eu achei que iria comer algo relacionado ao evento. Mas para a minha surpresa nos comemos comida brasileira mesmo. Acabei comendo arroz, feijão, batata frita e um bife estranho. Até que estava bom.

Após o almoço eu resolvi dar uma volta. Me lembro de estar com outro voluntário, amigo que fiz nesse evento(também não me lembro do seu nome,desculpe). Tiramos algumas fotos do evento. No caminho eu encontrei o Wagner. Ele estava voltando para a central. Resolvi voltar com ele.
Fomos encaminhados para a área de caravanas.

Gente, eu nunca vi pessoas tão interessadas a virem de tão longe para participarem desse evento. Tinha caravanas que vieram de Minas Gerais. Outras vieram de cidades do qual eu nunca ouvi falar.

A hora se passava e eu estava morrendo de vontade de ir para o palco. Porque? Oras, é por um simples motivo. As 18h iria se iniciar o concurso de Miss Festival. Fui correndo para o local, mas fui pego por um dos cordenadores, que me mandou para a área de bebidas.
Não consegui ver as meninas ao vivo. Mas aonde eu estava tinha um telão e como o fluxo de pessoas já havia diminuido eu fiquei assistindo ao desfile pelo monitor gigante.

Acabei desistindo de ver o desfile. Fui jantar. No caminho encontrei uma amiga, a Margarete. Eu a conheci no Bunka Matsuri. Fomos comer juntos. Depois demos uma volta pelo local, voltamos a central, entregamos o hapi e o crachá, retiramos os nosso pertences e fomos embora.

Nesse dia eu sai com medo. Já tinham me dito que os domingos do Festival do Japão eram piores, muito piores. Mas eu não imaginava que iria encher tanto assim.
Também não imaginava que as coisas iriam ficar bem mais agitadas, a ponto de chegar ao máximo meu esforço físico. Mas isso eu conto em outra hora.



sábado, 12 de julho de 2008

A Arte dos Doramas

Muitas pessoas se perguntam: "O que são doramas?"
Será que são algum tipo de comida? Ou quem sabe o nome de uma roupa cara? Não é nada disso!
Doramas são as novelas e seriados Japoneses. Sim, no Japão também se assiste novela!
Mas são muito diferentes das novelas Brasileiras.
Primeiro porque a maioria dos doramas são imprevisíveis. Novelas são previsíveis. Você sabe que o bonzinho sempre acaba bem no final e o vilão sempre morre ou acaba atrás das grades.
Nas novelas japonesas a coisa é bem diferente. No primeiro capítulo o protagonista pode estar super bem na vida, mas durante o decorrer do drama ele pode adquirir uma doença incurável , pode perder um braço ou qualquer outro membro do corpo e pode até morrer. A questão é que nunca se sabe o que pode acontecer.

As novelas japonesas são bem mais dramáticas, podendo fazer qualquer "macho" soltar lágrimas.

Quero deixar claro que os doramas não são coisas de emo. Sem preconceitos contra. São apenas novelas que buscam passar emoções e mensagens sobre a vida, amizade, morte e amor. E conseguem!

Abaixo listarei alguns doramas que me comoveram, revoltaram e fizeram com que eu refletisse sobre meu atos e minha vida. 
                                   

Densha Otoko



Um clássico japonês. Baseado em fatos reais esse filme conta a história de um jovem, Yamada Tsuyoshi, um otaku que não tem auto estima e é humilhado por todos. Após um acontecimento em um trêm ele começa a criar coragem para se relacionar com Aoyama Saori, uma bela jovem bem sucedida na vida, porém, por causa de um trauma da vida, tem dificuldade de confiar nas pessoas. Por não ter nenhuma experiência com garotas ele entra em um fórum para solteiros e pede ajuda. A partir dai é só confusões e conflitos.
Esse dorama também mostra um pouco a discriminação que os otakus sofrem no Japão. Houveram adaptações para livro e um Live.


Ichi Rittoru No Namida

Um dos mais tristes e belos doramas. Também baseado em fatos reais. Retrata a vida de uma jovem após uma descoberta que mudaria a sua vida. Aya, 15, descobre ter uma doença incurável chamada Degeneração Espinocerebelar. Essa pode ser considerada uma das mais cruéis doenças existentes. Ela afeta principalmente a medula espinhal, tronco encefálico e cerebelo causando perda dos movimentos, perda da fala, entre outros sintomas. É possível retardar o seu tempo com sessões de fisioterapia mas a cura ainda não foi encontrada. A causa dessa doença ainda é um mistério.
Aya Kito, junto com sua família lutou até os 25 anos. Ela possuia um diário aonde escrevia pensamentos e através dele encontrava forças para lutar. O que ela não sabia é que através desse diário várias pessoas com doenças e até as saudáveis encontravam coragem para lidar com problemas. Até hoje foram vendidos mais de 1,8 milhões de cópias por todo o Japão. Certamente qualquer um que assistir esse dorama vai pensar bem antes de reclamar da vida.



A Moment To Remember

Esse é mais um Kdrama. São dramas Coreanos. Com a experiência que tenho hoje eu posso afirmar que os Kdramas são muito mais tristes que os Jdramas.
A história conta um pouco sobre o amor entre duas pessoas de mundos diferentes.
Su Jin, a filha de um chefe de obras famoso e Chul Soo, um dos operários dessa obra. Apesar dessas diferenças sociais eles acabam se casando. Mas um acontecimento põem o amor dos dois em jogo. Será que eles conseguirão ficar juntos? Assistam e vejam, oras! XD






My Sassy Girl

Mais um clássico Coreano. Já se passaram 20 anos e Gyeon Woo espera em baixo de uma árvore pelo seu amor. Depois disso o filme volta alguns anos antes e conta as suas histórias. De como se conheceram e das aventuras que passaram juntos. Definidamente esse é um dos melhores Kdramas que assisti. Garante boas gargalhadas. Atualmente fizeram um remake desse filme, mas como americano é desgraçado e estraga qualquer filme que encosta eu não assisti e não recomendo para ninguém. Uma curiosidade desse filme é que durante o desenrolar da história não se menciona o nome da menina. E falam que essa seria a continuação de outro Kdrama chamado Windstruck, que eu também assisti. XD.
Mas nada foi confirmado.

Bem, deixo aqui as minhas sugestões sobre o fabuloso mundo dos Jdramas, Kdramas e qualquer outro tipo de novela que não seja do Brasil.
Existem uma infinidade de filmes e seriados orientais. Basta saber o seu gosto e ir atrás do seu filme.

sábado, 5 de julho de 2008

Festival de Pipas de Hamamatsu



























Mais um Evento se foi e mais um se inicia.

Uma semana após ter participado como Voluntário do Anhembi eu fui ao Festival de Pipas de Hamamatsu.

Hamamatsu é uma cidade japonesa localizada na Província de Shizuku. É a maior cidade da Província com o maior número de dekasseguis brasileiros no Japão. Também é um importante centro industrial, com sede de várias empresas, como Honda, Yamaha, Suzuki, instrumentos musicais Kawai e Roland, além de outras fábricas com Panasonic e Sony. É famosa por produzir peças automotivas e intrumentos musicais, o que a torna conhecida como "Cidade da Música".

Conta a lenda que o festival originou-se há mais de quatro séculos, quando o Senhor Feudal do Castelo de Himuka, atualmente conhecido como Castelo de Hamamatsu, celebrou o nascimento de seu primeiro filho homem, e que seria também seu futuro herdeiro, empinando uma grande pipa com o seu nome. Até hoje em Hamamatsu mantém-se a tradição de soltar pipa quando nasce o primeiro filho homem de um casal.

Pela primeira vez esse Evento foi realizado no Estado de São Paulo. Foi um dia de muita música, Taiko e pipas, é claro.

Talvez esse seja um dos Eventos que me fez acordar o mais cedo possível. Eram 4:30 e eu já estava de pé. O ônibus que nos levaria até o Parque Tietê saía as 6h do Bunkyo.
Levantei quase morrendo. Só consegui levantar porque eu estava realmente disposto a participar. Tomei um banho para acordar, engoli o café e fui embora.

No caminho o céu era um preto só e o silêncio assustava. Entrei no metrô e fiquei espantado. Quantas pessoas a essa hora! Eu me esforçei muito para não dormir sentado. Chegando na Estação São Joaquim eu sai e começei a descer a rua. Por alguma razão meu corpo tremia. Não sei explicar o porque. Só sei que não conseguia controlar aquilo. Quando cheguei ao Bunkyo eu já me sentia mais firme.

Levei um susto ao ver que havia uma pessoa no local. Eu já conhecia aquela Voluntária. Seu nome é Gabriela, mas ela atende pelo nome Gabi.
Fui ao encontro dela. Conversamos e fiquei sabendo que durante a semana eles foram viajar para o Rio de Janeiro, aonde fizeram esse mesmo Evento. Já fiquei puto porque não soube disso. Fiquei mais puto ainda quando ela me contou que aconteceu um sorteio aonde o prêmio era uma espécie de sobretudo. E esse vestimento era lindo. Eu queria um de qualquer jeito!

Conversamos sobre muitas outras coisas e a medida em que os assuntos iam se desenrolando os outros Voluntários iam chegando. Quando era 6:30 o céu já se abrira, mas o tempo estava feio.

A Fernanda, pessoa que organiza a parte dos Voluntários nos comunicou que precisavam de 4 Voluntários para ficarem na Estação Tatuapé do metrô. Eu não queria ir. XD Ela ficou procurando alguém e quando me visou pela terceira vez eu decidi ir. Mais três meninas foram comigo. A Gabriela, Mayumi , outras duas do qual não me lembro agora(me desculpem) e outro organizador que eu também não consegui pegar o nome(me desculpe também).

Durante o trajeto todo elas não paravam de falar. Não que eu ache isso ruim. Pelo contrário. É muito bom. Eu sou quieto por natureza e na maioria das vezes necessito de alguém para conversar.

Chegando ao Boulevard Tatuapé, que fica do lado da Estação Tatuapé, nós fomos procurar uma vaga. Essa foi uma cena engraçada, pois as rampas para subir até o estacionamento eram em forma de espiral. O motorista do carro, que era um dos organizadores do Festival disse que já havia subido aquela rampa a 60Km/h. Ele quis fazer isso denovo. Foi muito divertido. As meninas quase morreram.

Depois de subir três andares em estilo Drafting nós finalmente chegamos ao último piso.
Descemos do carro, pegamos os coletes e o banner e fomos para o metrô.

Fazia um frio desgraçado lá dentro. Eu estava com um casaco e ainda sentia frio.
Chegando no metrô nós fomos falar com o pessoal que fica responsável pela administração daquela estação. Depois de tudo acertado era só escolher um local aonde as pessoas que saissem da catraca conseguissem nos avistar.

Eram 10h e o movimento ainda estava meio fraco. Só foi melhorar lá para o 12h. Mas nesse horário eu já estava saindo da Estação. Peguei o ônibus gratuito que saía do Tatuapé e parava em frente ao Parque Tietê. Uma reclamação! Durante o atendimento ao que iam pegar o ônibus nós fomos confundidos várias vezes com o pessoal da SPTrans. Nosso uniforme era amarelo banana. Vinha cada um perguntar coisas que eu nem fazia idéia. Coisas do tipo: "Aonde fica rua tal?" Sei lá aonde fica. Pergunta para alguém do SPTrans. Eu sou apenas um Voluntário. E se não soubessemos responder a pessoa ficava brava!

Ainda bem que eu sai de lá. Já estava quase socando um!

No ônibus eu fui conversando com uma senhora muito simpática. Ela era professora primária. Conversamos sobre o futuro, sobre a faculdade e cursos. Quando chegamos ao local ela se despediu e desceu do ônibus. Eu esperei todos descerem.

O Parque ficava do outro lado da Rodovia Ayrton Senna. Era preciso atravessar uma passarela que dava fim na entrada.
Fui até a Central de Voluntários e reencontrei o pessoal que estava comigo no Bunkyo esperando o ônibus. Eu percebi que todos usavam aquele vestimento que eu queria. Perguntei para a Fernanda como eu poderia adquirir um. Ela me disse que só quem fosse puxar a pipa ou só quem estivesse dentro da barraca dos Voluntários poderia ter um.
Eu até iria puxar a pipa, mas já tinha um grupo formado. Ah, e vocês pensam que essas pipas são do tamanho normal? Que nada! Para puxar uma coisa dessas eram precisos 30 Voluntários!

Eu só consegui ver uma dessas pipas no ar. Mas ela subir e desceu rapidamente. Depois disso não subiram mais nenhuma.

Sem muito a se fazer eu fiquei entregando folhetos junto com outra menina, que na minha observação era Voluntária nova.

Depois disso eu fui almoçar. Fiquei enrolando um pouquinho. O tempo finalmente abriu e o sol estava muito bom. Depois voltei e fui direcionado para a Área de Alimentação. Minha função era deixar a mesa sempre limpa para os que nela viessem comer e mandar a bandeja para a cozinha.
Fiquei lá por um tempo. Foi bastante divertido.

Deu 16h e eu já não precisava mais ficar ali. Então sentei em uma mesa com outro Voluntário e ficamos conversando. Depois fui até a Central e a Fernanda me informou que a apresentação de Taiko iria começar. Antes de assistir eu dei uma volta pelo parque, voltei e me sentei pelo gramado. Foi então que algo inesperado aconteceu! Durante a apresentação eu acabei pegando no sono. Foi uma luta brava contra ele, afinal não queria que me vissem naquele estado.
Finalmente o Taikô acabou. \o/

Me levantei e fui até a Central. Estavam distribuindo pipas às crianças. Meu Deus! Dava para perceber pelos trajes que as crianças eram de classe probre. A felicidade delas era tão grande que seus olhos brilhavam. Tivemos problema com a formação da fila. Muitas dessas crianças furavam fila e pegavam uma quantidade de pipas acima do permitido.

Depois dessa confusão toda nós começamos a nos preparar para irmos embora. Haviam dois ônibus. Um que parava na Liberdade, da onde saímos, e outro que parava na Estação Tatuapé.
Encontrei uma Voluntária, a Mitchiko, amiga que fiz na Semana Cultural. Voltei no ônibus com ela. Durante o trajeto de volta eu me recordei dos tempos de escola. Não se podia dormir. Se dormisse você iria sofrer algum tipo de brincadeira.
Mas foi engraçado. Até que teve alguns momentos em que todos dormiram. A exaustidão era grande demais.

Logo chegamos a Liberdade. A maioria ainda ia para o bar. Eu acompanhei a Mitchiko até uma parte do caminho para a Estação São Joaquim. Depois fiz o trajeto sozinho.

Esse Evento foi ótimo. Sinto que a cada Evento que participo eu consigo me soltar mais, embora eu ainda esteja bem travado. Mas creio que durante o Festival do Japão eu já estarei melhor, falando mais, brincando mais e debatendo assuntos do nosso cotidiano.

Obrigado a todos amigos Voluntários que fizeram da minha vida um momento eterno de alegria e tristeza, de calma e raiva e de me fazer sentir um novo Thomás.