sábado, 2 de agosto de 2008

Festival do Japão II - Últimos Momentos

Fico triste por chegar esse momento. Hoje retratarei o último evento do Centenário da Imigração Japonesa.

Domingo. O dia estava quente. Eram 7h da manhã e eu me aprontava para sair. Eu não estava cansado. Tinha forças e animação de sobra para ir até o local para ajudar no que precisasse.

Quando parti a casa ainda estava silenciosa. Abri a porta e iniciei a minha caminhada.

Chegando ao Imigrantes eu vi um pequeno grupo de obachans fazendo fila para entrar. Um homem surgiu do nada e começou a comprimentá-las.
O que me impressionou foi a alegria que o mesmo trazia consigo e como ele conseguia passar facilmente esse sentimento as pessoas!
Aquilo foi realmente um momento mágico.

Passando as senhoras, eu rapidamente entrei na entrada principal(Duh) e fui para a Sala de Voluntários. Fiz o mesmo procedimento do dia anterior. Peguei meu hapi e o meu crachá e deixei minha mochila.

Encontrei o Wagner e o Leo. Logo fomos apanhados por uma coordenadora e mandados para a Sessão de Carga de Descarga.
Apesar de estar no mesmo setor do dia anterior eu fui mandado com meus amigos a um lugar diferente.
O procedimento era o mesmo. Quem chegasse depois das 9:30 não poderia entrar. Precavendo possíveis confusões nós fizemos um esquema. O portão dessa área estava aberto e do lado dele haviam várias grades. Aquelas grades que usam em shows de bandas para afastarem o povo dos músicos.
Pegamos algumas delas e as colocamos na frente do portão, obstruindo a passagem de quaisquer veículos.

O Léo ficou lá em cima, tomando conta das grades.
Por incrível que pareça um senhor parou lá em frente, desceu do carro e tirou as barras. Tentamos interceptá-lo mas o velhinho mal educado quase passou em cima da gente.
Pensamos conseguir pegá-lo assim que parasse o carro. Que nada. ele desceu do carro a uma velocidade impressionante ignorando a todos.

Chamamos a Kenren, empresa responsável pelo evento, mas ele nada conseguiram fazer.

As 11h voltamos para a Central. Precisavam de pessoas que ficassem do lado de fora do Centro de Exposições. Formamos um grupo maior e fomos para lá.
O inferno. Essa foi a minha visão da rua. Um trânsito do caramba. O pessoal da CET estava lá, mas não conseguiam dar conta do enorme fluxo de carros que seguiam pelas redondezas.

Formamos 4 duplas. Cada uma cuidava de uma área. Eu fiquei com o Wagner. Ficamos na esquina do viaduto com o estacionamento do Imigrantes.
Informaram que o ônibus grande não poderia entrar no estacionamento para desembarcar as pessoas. Logo teríamos que fazer uma fila do lado de fora, guiando as pessoas até a entrada.
Não deu muito certo. Faltava muita educação dos motoristas com os pedestres e o pessoal da CET mais atrapalhava do que ajudava.
Ficamos das 11h até as 14h na rua, embaixo do sol escaldante sem comer. Pelo menos água nos deram.
Procuramos um coordenador para que nos trocasse com alguém. Não obtivemos resultado positivo na nossa busca. Revoltados voltamos a Central, pegamos nosso vale-almoço e fomos comer.

Após a refeição resolvemos dar uma volta. Andamos entre todas as estandes.

Voltando para a Central nos informaram que precisavam de voluntários no galpão, que era aonde estávamos. Voltamos e procuramos a pessoa que necessitava de ajuda.

Esse foi um dos melhores momentos. Tivemos que tomar conta do espaço aonde estava tendo apresentação de Taiko. Não podíamos deixar ninguém chegar muito perto. Iniciando a apresentação todos nós sentamos uns pertos do outro, formando uma corrente.
Fiquei em frente a um tambor gigantesco. Na hora em que bateram nele eu quase chorei de alegria. Foi lindo!

Adoro Taiko por causa do som dos instrumentos. Na minha opinião quanto maior o tambor maior a emoção.

Depois da belíssima apresentação eu fiquei em um stande de uma senhora e sua amiga que são artístas plásticas.
Fiquei tomando conta para que as mãos com olhos de certas pessoas não chegassem até as obras. Essas senhoras eram muito simpáticas. No final do evento eu as ajudei a carregar suas coisas até o carro.
De agradecimento recebi um saco cheio de Tsurus. \o/
Tiramos uma foto também, mas não consegui entrar em contato com ela.

Após isso eu voltei a Central. Fui até a praça de alimentação e ajudei na organização de cadeiras e mesas. Carregamos as caixas de cerveja que sobraram para uma espécie de armazém.
Nessa brincadeira eu quase me mato. Eu via o pessoal levando três, quatro caixas e não queria ficar para trás.
Fui tentar levar as quatro. No começo foi sossegado, mas durante o trajeto eu não consegui aguentar. Tive que parar várias vezes.
Mas consegui levar todas as caixas. \o

Depois de quase morrer eu fui descoberto por uma amiga minha. Ela queria ir embora e me puxou junto.

No final de tudo ficamos com o Hapi. \o/

Não tem como comparar. Esse foi o melhor dos eventos. Foi o que eu mais corri, me cansei, fiquei puto, alegre, com fome, calor... tudo. Explorei ao máximo todos os meus limites. Fiz novas amizades, mas nada de namoradas. XD

É isso ai. Esse foi o último post sobre eventos e sobre o Centenário.
Momentos em que eu guardo na memória e no coração.

5 comentários:

Anônimo disse...

"eu vi um pequeno grupo de obas-chan"
Obasans ou obachans =)

"Apesar de estar no mesmo setor do dia anteriro"
Anterior

"Faltav muita educação dos motoristas e o pessoal da CET mais atrapalhava do que ajudava."
Faltava xD Lembrei de uma frase que ouvi recentemente: Se não pode ajudar, atrapalhe. O importante é participar.


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Hahahaha, um velhinho com energia esse que deu um olé em vocês, hein xD~ "Não pode entrar! Dane-se, eu entro do mesmo jeito!"

Uma coisinha que reparei... uma hora você diz "uma estande", depois diz "um stand". Decida-se xD

Thomás, não leve mais caixas do que pode agüentar! E quero ver seus tsurus o//

E sem namoradas? Poxa... mas você vai conseguir =)
Agora que terminaram os eventos relacionados ao Centenário, o que fará com o blog? ^^

Beijos

Thomás disse...

Eu espero. Os eventos acabaram e eu não consegui nenhuma.

Irei postar sobre outros temas provavelmente algo relacionado ao Japão. Mas ainda não tenho certeza.

Anônimo disse...

Você leu os livros que eu te emprestei? xD

Thomás disse...

Estou lendo. Comecei a ler o "Sonhos De Dez Noites" e o "Cultura Japonesa"

Interessante o dos sonhos. Eu fiquei perdido por muito tempo, imaginando a cena do homem esperando os cem dias pela sua amada.

Nefelibata disse...

Ainda bem que eu não estava lá com você na hora do carro. XD Do jeito que ando ultimamente, eu iria bater boca com o infeliz. Nos últimos tempos estou desejando que motoristas de carro de passeio vão para o inferno.

Mas que pretensão, hein? XD Namoradas, assim no plural? Hahaha XD

Também fiquei curioso para ver como você fará com o blog =]